A política de cotas e de permanência: uma análise do triênio 2015-2017 do IFFar Campus Santo Ângelo.
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Palavras-chave

Cotas
democratização
educação.

Como Citar

AdamsE. A política de cotas e de permanência: uma análise do triênio 2015-2017 do IFFar Campus Santo Ângelo. Revista de Ciência e Inovação, v. 4, n. 1, p. 07-21, 25 jul. 2019.

Resumo

A política de cotas ampliou o acesso a grupos estatisticamente excluídos da educação pública federal, mas ela efetivamente está democratizando o acesso à educação pública? Baseado em uma pesquisa realizada no IFFar Campus Santo Ângelo busca-se apresentar os dados de inscrições nos processos seletivos, o percentual de matrículas e de evasão no triênio 2015-2017. A pesquisa analisou documentos públicos por meio de estatística descritiva. Constatou-se a dimensão da lacuna entre a demanda por educação profissional e tecnológica e a atual capacidade do Estado em atendê-la. A pesquisa também destacou o percentual de pessoas que não conseguem êxito nos processos seletivos, cuja maior incidência é entre pessoas com renda inferior 1,5 per capita, egressos de escola pública e autodeclarados pretos pardos e indígenas. Por outro lado, os indicadores de permanência são maiores entre os cotistas egressos de escola pública e os alunos com renda per capita de até 1,5 salários mínimos; já entre pretos pardos e indígenas, o percentual de evasão é maior do que entre os demais, incluindo cotistas ser recorte racial.

https://doi.org/10.26669/2448-4091207
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