Influência da retirada da água no procedimento padrão de higiene operacional em um frigorífico abatedouro de suínos
🔍 Buscar
PDF (Português (Brasil))

How to Cite

Klaic Éder, ManjaboscoC. B., HübnerD. C., & Abentroth KlaicP. M. (2019). Influência da retirada da água no procedimento padrão de higiene operacional em um frigorífico abatedouro de suínos. Boletim Técnico-Científico, 5(1). https://doi.org/10.26669/2359-2664.2019.215

Abstract

O procedimento padrão de higiene operacional (PPHO) consiste nos procedimentos de limpeza e sanitização de todas as instalações e equipamentos nas áreas de produção, reduzindo ou removendo microrganismos. A água, apesar de parecer essencial para um procedimento de higienização completo numa indústria de alimentos, também pode ser um elemento facilitador do desenvolvimento de microrganismos. A presença de microrganismos em superfícies, equipamentos e utensílios, proporciona uma direta e relevante medida da eficiência dos processos de higienização. Neste trabalho realizou-se a comparação do procedimento de higiene operacional tradicional com um procedimento realizado sem o uso de água, através da avaliação de microrganismos indicadores (contagem total de mesófilos aeróbios, contagem de coliformes totais e contagem de coliformes termotolerantes à 45°C) e posterior pesquisa de Salmonella spp. e Listeria monocytogenes em amostras coletadas em áreas de contato com os alimentos. Realizou-se um total de 270 análises com coletas antes da higienização, após a higienização e após o turno de produção. Os resultados demonstraram ausência de coliformes totais e termotolerantes em todas as amostras. Houve resultados positivos para aeróbios mesófilos em ambos os procedimentos, sendo que a limpeza com o uso de água apresentou contagens ligeiramente maiores. Também houve ausência de Listeria e Salmonella. Os resultados evidenciaram que a higienização sem utilização de água é satisfatória e inclusive gera menor desenvolvimento microbiológico. A higienização sem o uso de água acarreta menos custos e pôde ser validada junto ao órgão fiscalizador.
https://doi.org/10.26669/2359-2664.2019.215
PDF (Português (Brasil))

References

AJAO, A. T. ATERE, T. G. Bacteriological assessment and hygienic standard of food canteens in Kwara state Polytechnic, Ilorin, Nigeria. African Scientist, v.10, n. 3, p.173-180, 2009.

APHA. American Public Health Association. Compendium of methods for the

microbiological examination of foods. Washington, 4th Edition, 2001.

BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - MAPA. Institui as instruções para elaboração e implantação dos sistemas PPHO e APPCC nos estabelecimentos habilitados à exportação de carnes.. Circular n. 369, de junho de 2003. Diário Oficial da União, Brasília - DF. 02 jun. 2003.

BRASIL. Ministério da Agricultura. Pecuária e Abastecimento - MAPA. Institui o Programa Genérico de Procedimentos Padrão de Higiene Operacional – PPHO, a ser utilizado nos estabelecimentos de leite e derivados que funcione sob o regime de inspeção federal, como etapa preliminar e essencial dos programas de segurança alimentar do tipo APPCC. Resolução DIPOA/SDA n. 10, de 22 de maio de 2003. Diário Oficial da União, Brasília - DF. Publicação no DOU em 28 de maio de 2003, p. 04, seção 01. 2003.

BRASIL. Ministério da Agricultura. Pecuária e Abastecimento - MAPA. Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal (RIISPOA). Decreto n. 9.013, de 29 de março de 2017. Diário Oficial da União, Brasília - DF. Publicação DOU nº 62, de 30/03/2017, p. 3, seção 1. 2017.

BRASIL. Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA. Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes, e dá outras providências. Resolução CONAMA Nº 357/2005, de 17 de março de 2005. Diário Oficial da União, Brasília - DF. Publicação DOU nº 053, de 18/03/2005, págs. 58-63. 2005.

CHAVES, J. B. P. Noções de Microbiologia e Conservação de Alimentos. Viçosa: Universidade Federal de Viçosa, 1993.

CARDOSO, A.L et. al; Eficiência de Metodologias de Preparo de Amostras para pesquisa de Salmonella e Contagem de Mesófilos em Carcaças de Frango. 2015. http://faef.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/IvswhT8gAJEuF4H_2014-2-8-9-37-5.pdf> Acesso 31 de julho. 2018

DALL’OGLIO. H; Procedimento Operacional Padronizado de Higienização como Requisito para Segurança Microbiológica em Formas de Chocolate. 2014. 39 f. Monografia. Disponível em < https://www.univates.br/bdu/bitstream/10737/650/1/2014HenriqueDallOglio.pdf >. Acesso em 16 jul. 2018.

FAI A.E.C et. al; Salmonella sp e Listeria monocytogenes em presunto suíno comercializado em supermercados de Fortaleza (CE, Brasil): fator de risco para a saúde pública. Rio de Janeiro. 2011. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232011000200029> Acesso em 29/0/07/2018.

FORSYTHE, S.J. Microbiologia da segurança alimentar. Porto Alegre: Artmed, 2002. 424p.

FRANCO, D.G.M.F.; LANDGRAF, M. Microbiologia dos Alimentos. São Paulo: Atheneu, 2005.

GHAFIR, Y. et al. Hygiene Indicator Microorganisms for Selected Pathogens on Beef, Pork, and Poultry Meats in Belgium. Journal of Food Protection, v. 71, n. 1, p. 35-45, 2008.

GONÇALVEZ, R.C. et. al. Microrganismos Emergentes de Importância em Alimentos: Uma Revisão da Literatura. Sabios Revista de Saúde e Biologia, V.11, n.2, p.71-83, 2016.

HOFFMANN, F. L. Fatores limitantes à proliferação de microorganismos em alimentos. Brasil Alimentos, n. 9, p. 23 – 30, Julho/Agosto, 2001.

SHINOHARA, N.K.S et al; Salmonella spp., importante agente patogênico

veiculado em alimentos Rio de Janeiro. 2008. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232008000500031> Acesso 29/07/2018.

SILVA, N. et al. Manual de métodos de análise microbiológica de alimentos. 2 ed. São Paulo: Livraria Varela, 2007.

WOLF, C; Estudo de Caso da Higiene (Limpeza e Desinfecção) em Matadouro-frigorífico de Bovinos, Suínos e Ovinos. Porto Alegre. 2017. 30 f. Disponível em: <https://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/163628 >. Acesso em 28 jul. 2018.