Elaboração de suco misto contendo frutas nativas
🔍 Buscar
PDF (Português (Brasil))

Cómo citar

CarliniC. J., & SeveroJ. (2018). Elaboração de suco misto contendo frutas nativas. Boletim Técnico-Científico, 4(1). https://doi.org/10.26669/2359-2664.2018.199

Resumen

Sucos mistos de frutas podem resultar em produtos ricos em compostos bioativos, gerando benefícios à saúde do consumidor, além de evitar desperdícios e agregar valor ao produto. Dessa forma, polpas de frutas nativas foram utilizadas para a elaboração de uma formulação de suco misto. Para isso frutas frescas foram despolpadas, caracterizadas e utilizadas na formulação. Formulações foram testadas buscando a aceitabilidade do produto. Foram quantificados os teores de sólidos solúveis (SS), acidez total (AT), fenólicos totais, antocianinas totais e atividade antioxidante das polpas de abacaxi (Ananas comosus ‘Comosus’), amora (Morus nigra), araçá-vermelho (Psidium cattleianum), banana (Musa sp.), jabuticaba (Myrciaria cauliflora), pitanga (Eugenia uniflora) e da formulação de suco misto obtido destas frutas. Análise sensorial do suco misto foi conduzida com 50 provadores, utilizando escala hedônica de 9 pontos. As polpas apresentam teores que variaram de 7,5 a 18 °Brix para SS, de 0,26 a 1,73 % ácido cítrico para AT, de 428,66 a 1487 mgEAG.100-1 para fenólicos totais, de 51,32 a 0,81 de mg EC3G.100g-1 para antocianinas totais, e de 4,02 a 33,70  µgEqTrolox.g-1 para atividade antioxidante. O suco misto apresentou teores de 7,5 °Brix de SS, 0,18 % de ácido cítrico, 434,08 mgEAG.100 -1 de fenólicos totais, 9,95 mg EC3G.100g-1 de antocianinas totais, e 8,48 µgEqTrolox.g-1 de atividade antioxidante. A análise sensorial apresentou resultados superiores a 71,5% de aceitabilidade para os atributos avaliados. Os resultados indicam o potencial benéfico para a saúde e a boa aceitabilidade do suco misto elaborado neste estudo.

https://doi.org/10.26669/2359-2664.2018.199
PDF (Português (Brasil))

Citas

AHERNE, S. A.; O’BRIEN, N. M., Dieteryflavonols: chemistry, food content, and, metabolis. Nutrition, v.18, n.1, p. 75-81, 2002.

BVENURA, C.; SIVAKUMAR, D. The role of wild fruits and vegetables in delivering a balanced and healthy diet. Food Research International, v. 99, p. 15-30, 2017.

CASSIDY, A. Berry anthocyanin intake and cardiovascular health. Molecular Aspects of Medicine, may 2017.

COSTA, N. M. B.; ROSA, C. Alimentos funcionais – Componentes Bioativos e Efeitos. Ed. Rubio. Rio de Janeiro, 2010. 536 p.

INSTITUTO ADOLFO LUTZ – IAL. Métodos Físico-químicos para Análise de Alimentos. 4. Ed. São Paulo: IAL. Versão eletrônica, 2008.

KIRAKOSYAN, A.; SEYMOUR, E. M.; NOON, K. R.; LLANES, D. E. U.; KAUFMAN, P. B.; WARBER, S. L.; BOLLING, S. F. Interactions of antioxidants isolated from tart cherry (Prunus cerasus) fruits. Food Chemistry, v. 122, n. 1, p. 78-83, 2010.

LIMA, A. S. Néctares mistos de frutas tropicais adicionados de inulina: ação prébiotica, estabilidade e aceitabilidade. Tese doutorado. Recife: 2011. 115p.

LIMA, V. L. A. G.; MELO, E. A.; LIMA, D. E. S. Fenólicos e carotenóides totais em pitanga. Scientia Agricola, v. 59, n. 3, p. 447-450, 2002.

LEES, D. H.; FRANCIS, F. J. Standardization of Pigment Analyses in Cranberries. HortScience, v. 7, n. 1, p. 83-84, 1972.

LIMA, A. J. B., CORRÊA, A. D., ALVES, A. P. C., ABREU, C. M. P., & DANTAS-BARROS, A. M., Caracterização química do fruto jabuticaba (Myrciaria cauliflora Berg) e de suas frações. Archivos Latino americos de Nutrición, v. 58, n. 4, p. 416-421, 2008.

LIU, R.H. Health-promoting components of fruits and vegetables in the diet. Advances in Nutrition: An international review journal, v. 4, p. 384S–392, 2013.

MACHADO, P. G.; SPERONI, C.; FERRAZ, J. F.; FIGLESKI, P. D.; KOCH, R. H.; SEVERO, J. Elaboração de suco misto de frutas com potencial functional e comparação com suco commercial “Detox”. Revista CSBEA, v.3, n.1, p.1-7, 2017.

OLIVEIRA, A. L.; BRUNINI, M. A.; SALANDINI, A. R.; BAZZO, F. R. Caracterização tecnólogica de jabuticabas ‘Sabara’ provenientes de diferentes regiões de cultivo. Revista Brasileira de Fruticultura, v.25, p.397-400, 2003.

PEREIRA, A. L. F. et al. Dietary antioxidants: chemical and biological importance. Nutrire - Revista da Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição, v.34, n.3, p.231-247, 2009.

RE, R.; PELLEGRINI, N.; PROTEGGENTE, A.; PANNALA, A.; YANG, M.; RICEEVANS, C. Antioxidant activity applying an improved ABTS radical cation decolorization assay. Free Radical Biology and Medicine, v.26, n.9-10, p.1231-1237, 1999.

REZENDE, L. C. Avaliação da atividade antioxidante e composição química de seis frutas tropicais consumidas na Bahia. 2010. Disponível em:< http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/10639>. Acesso em: 27 jul. 2017

Sebrae (2015) Boletim de inteligência agronegócio fruticultura. Disponível em: http://www.sebraemercados.com.br/wp-content/uploads/2015/11/Panorama-do-mercado-de-fruticultura-no-Brasil.pdf >. Acessado em: 27 fev. 2018.

SINGLETON, V. L.; ROSSI, J. A. J. Colorimetry of total phenolic with phosphomolybdic-phosphotungstic acid reagents. American Journal of Enology and Viticulture, v.16, n.3, p.144-158, 1965.

STAHL, W.; SIES, H. Antioxidant activity of carotenoids. Molecular Aspects of Medicine, v.24, p.345-351, 2003.

SUN, J.; LIU, R.H. Cranberry phytochemical extracts induce cell cycle arrest and apoptosis in human MCF-7 breast cancer cells. Cancer Letters, v. 241, p.124 - 134, 2006.